Nobel de Economia destaca trabalhos em novos formatos de leilões

Prêmio deste ano vai para Paul Milgrom e Robert Wilson

Uma das descobertas de Milfrom e Wilson é que a oferta feita de forma racional tende a ser abaixo da melhor estimativa sobre o valor comum

Os norte-americanos Paul Milgrom, de 72 anos, e Robert Wilson, de 83 anos, professores na Universidade Stanford, foram premiados nesta segunda-feira (12) com o Nobel de Economia por trabalhos na melhoria da teoria e invenções de novos formatos de leilões. “Os vencedores deste ano estudaram como funcionam os leilões. Eles também usaram seus insights para criar um novo leilão e formatos para bens e serviços que são difíceis de vender de uma forma tradicional, como frequências de rádio. Suas descobertas beneficiaram vendedores, compradores e contribuintes de todo o mundo. Os leilões estão por toda a parte e afetam o nosso dia a dia”, revelou a Real Academia de Ciências da Suécia.

Uma das descobertas de Milfrom e Wilson é que a oferta feita de forma racional tende a ser abaixo da melhor estimativa sobre o valor comum por causa da preocupação com a chamada “maldição do vencedor”, ou seja, pagar em excesso e, por isso, ter prejuízo. Os economistas criaram formatos para vender itens inter-relacionados simultaneamente. Em 1994, as autoridades dos EUA usaram um de seus projetos de leilão para vender frequências de rádio a operadoras de telecomunicações, um movimento desde então copiado em outros países. Além disso, trabalharam nos mecanismos de alocação de slots de pouso em aeroportos.

Wilson mostrou, entre outras coisas, que participantes racionais em um leilão tendem a dar lances menores por medo de pagar demais. Milgrom formulou uma teoria mais geral dos leilões, que mostra, entre outras coisas, que um leilão gera preços mais altos quando os compradores obtêm informações sobre os lances planejados por outros licitantes durante o processo de licitação.

By João Castelano

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